Citado pelo Irish Independent, Adam Clayton revelou que por várias vezes na sua vida sentiu a sua saúde mental ameaçada pela depressão, tendo também batalhado contra o abuso do álcool.
"Há muitos casos destes na indústria da música, mascarados por histórias de droga e álcool. Há tantos músicos jovens que se suicidam ou morrem em acidentes de todo o tipo", afirma o músico, de 52 anos. "Tinha noção [do meu problema] quando era adolescente. Aos 16 ou 17 anos tinha muita dificuldade em integrar-me, mas depois a música funcionou para mim".
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"Mais tarde, na minha carreira, tive problemas com o álcool, que me levaram à desintoxicação, e foi uma lufada de ar fresco conhecer pessoas que se identificavam com o que me estava a acontecer. Felizmente, depois de abandonar o álcool, não tive outros problemas", adianta Adam Clayton, completando: "Penso que tanto para mim, como para o resto da banda, foi a música que nos salvou. Caso contrário, teríamos enlouquecido um pouco... ou sofrido uma depressão".Numa palestra num hospital universitário em Dublin, na Irlanda, Adam Clayton recomendou que todos os que sofrem de problemas de saúde mental procurem ajuda, numa tentativa de lutar contra o elevado número de suicídios no país.
"Em todos os campos criativos, há uma linha muito estreita entre boa saúde mental e má saúde mental, e de certa forma as duas alimentam-se mutuamente e ajudam a criar o trabalho. Mas, se tiverem um problema de saúde mental, mal comecem a falar com as pessoas e a perceber que há um sítio onde podem ir e as pessoas vos entenderão, podem encontrar soluções".
O músico admitiu ainda ter passado por momentos em que sentiu que a sua vida era "vazia", apesar de pertencer a uma das bandas mais bem sucedidas do mundo.
Quanto ao próximo disco dos U2, informou Adam Clayton: "Estamos a meio do processo. Deve ficar acabado no final do ano".
Fonte: Getty Images
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